This article is written by Vinicius Piscini (Twitter: @PisciniVinicius) for The Great Reset Films.
Apesar do grande potencial de crescimento de países da América Hispânica, tais como o Brasil, a Argentina, o Chile e até mesmo o Paraguai, influências externas contribuem para a estagnação e decréscimo econômico proposital de tais países. Podemos afirmar que o protagonismo internacional que tal potencial proporcionaria para esses países em ocasiões normais de concorrência leal é dirimido face as manipulações de grandes potencias no exterior, como os EUA e a China e maneira proeminente, e até mesmo a Rússia em alguns países.
Mesmo com vários jogadores interessados em exercer sua influência no terceiro mundo, o sistema financeiro americano, caracterizado pela hegemonia do dólar nas reservas internacionais e a relevância da política monetária americana para tais países, garante que os EUA estejam em um patamar inalcançável no campo diplomático, e o Bitcoin pode ser um flagelo para isso, graças a seu sistema descentralizado e, mais importante, ao fato de não possuir um órgão de controle e sequer um fundador conhecido, impossibilitando concorrências desleais no que abrange a principal e a criptomoeda por essência.
Concorrência chinesa dos EUA
Quando exemplificamos táticas de interferência chinesa, evidenciamos não somente os empréstimos predatórios pelos quais a China dominou completamente países como Maldivas e Sri Lanka e é ocorrente na maioria dos países da América do Sul, mas também a realização direta de bases militares, como em Paraje de Quintuco, na província de Neuquén, na Argentina, sob o disfarce de ser uma estação espacial. Fora isso, vemos grande influência que o sistema chinês exerce pelo continente, sob forma da frequente replicação de políticas adotadas por lá, algo muito evidente após as medidas de controle tomadas após o uso da Covid-19 para tal pretexto.
Uma influência mais intensa é exercida em países de terceiro mundo, sobretudo na América do Sul, são os EUA, que possuem uma influência mais visível e proeminente sobre alguns países da América do Sul, como o Brasil e a Colômbia, sobretudo econômica e demográfica. É importante o reconhecimento dos EUA como uma potência não só no quesito econômico, mas também institucional, no sentido de que a classe política dominante deste país possui mais poder de manipulação das leis internacionais, seja por meio da ONU, ou até mesmo por acordos bilaterais ou de ação conjunta, cujo grande exemplo é o Acordo de Paris, acordo que os Estados Unidos são o principal investidor.
Henry Kissinger, o grande arquiteto da influência internacional dos EUA
Kissinger não só é o responsável pela ascensão econômica da China, que ocorre progressivamente desde os anos 70 devido ao financiamento promovido por suas políticas, mas o responsável por uma política externa americana que zela pelo rebaixamento econômico das nações subdesenvolvidas a partir de variadas formas, mas com ênfase na diminuição populacional e na instauração da não proliferação de armamentos nucleares para a garantia disso.
Tudo passou pelo crivo das autoridades de maioria dos países subdesenvolvidos em questão como um mero comprometimento diplomático, além de uma oportunidade de capitalização prometida pelos desejosos de tal política nefasta, o governo americano. De tal maneira, o controle do sistema monetário internacional é crucial para a implementação de tais medidas, não só para exercer pressão sob os descumpridores, mas também para o repasse de subsídios para os mais comprometidos.
Em um relatório chamado “The Kissinger Report”, que era um documento secreto até os anos 90 e foi repassado para a embaixada de 107 países, Kissinger prega pela contenção do crescimento populacional e sua diminuição por meio da ampla disseminação de métodos contraceptivos e aborto no programa A.I.D, bem como o fortalecimento de publicidades que promovem o desejo de não procriação e o controle dos preços de inúmeros insumos que se fazem necessários para um índice de procriação desejável e crucial para um desenvolvimento econômico duradouro.
A desindustrialização do hemisfério sul sempre foi um desejo dos grandes impérios anglo-saxões após o século XVIII, outrora sob tutela do Reino Unido, e agora com os EUA como figura central de tal empreendimento. Como forma de garantir a perpetuidade de tal projeto, outra política explicitamente defendida não só por Kissinger, mas por todos os aparatos institucionais globais, foi a não proliferação de armas nucleares, o que veio provocar um desequilíbrio diplomático na mesa de negociações entre alguns países desenvolvidos do hemisfério norte e os países subdesenvolvidos do hemisfério sul.
De maneira inequívoca, uma vez que o enfraquecimento do dólar seja cada vez mais decorrente, enfraquece, por sua vez, as capacidades de aplicação de tais medidas destrutivas, já que o controle do sistema financeiro é imperativo para sua implementação. O Bitcoin, como moeda impossível de falsificação por qualquer entidade, governamental ou privada, será crucial em garantir que novos detentores de monopólio não venham a replicar tal método de concorrência desleal e controle subversivo.
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